No debate de iniciativas do PEV e do PAN sobre as regras de rotulagem para os alimentos geneticamente modificados, Nuno Serra afirmou que a insistência destes partidos com estas iniciativas pode significar que a visão destes partidos do mundo agrícola e do desenvolvimento rural “é de tal limitada que se concentra em três ou quatro iniciativas”, ainda para mais profundamente penalizadoras para os nossos agricultores, para o nosso tecido económico e social e para o nosso país”. Passado um ano do último debate desta matéria, o parlamentar afirmou que o PSD reforça as ideias que elencadas na altura: “as iniciativas em discussão ignoram a ciência e inclusivamente as normas estatísticas, relativas ao intervalo de confiança e à margem de erro. Mas, infelizmente isso já não nos surpreende. Estes partidos não querem, nem se interessam pela ciência. Pretendem usar rotulagem para os seus propósitos políticos e não para aumentar a transparência ao consumidor ou valorizar a produção nacional.” De acordo com o parlamentar, estes partidos que querem rotular, relativamente à presença de OGM, são os mesmos que defendem a introdução das bebidas derivadas da SOJA, bebidas estas que vêm de países 3º, com uma enorme pegada de carbono e praticamente todas sujeitas a organismos geneticamente modificados. “São estes partidos que se dizem defensores da pequena agricultura e agricultura familiar. Pois bem, são medidas como estas que acabam com a pequena agricultura e com a agricultura familiar.” A terminar, Nuno Serra recordou que Portugal já tem regras apertadas no que diz respeito a rotulagem de OGM e um enorme controlo na produção e comercialização dos géneros alimentícios, que garantem à população qualidade e segurança alimentar das produções agrícolas face a outros blocos económicos. “O PSD está e estará sempre do lado dos produtores agrícolas nacionais. Por isso defende um reforço da rotulagem, mas sim para o local de origem em todos os produtos alimentares, de modo a que as escolhas dos consumidores possam ser mais conscientes. Não estamos disponíveis para criar mais entraves à produção, ao escoamento e à comercialização dos nossos produtos agrícolas.”
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