No debate sobre Desigualdades Territoriais e Descentralização, Pedro Alves referiu que embora a descentralização esteja hoje no centro do nosso debate político sobre o interior, não podemos considerá-la como o alfa e o ómega das assimetrias regionais. No entender do social-democrata, “não podemos ficar apenas por aqui, caso contrário ficaremos muito aquém das necessidades do interior. A recente tragédia dos incêndios tornou claro que a coesão territorial é simplesmente uma questão de regime e que o combate às assimetrias é hoje um desafio estruturante e decisivo para o futuro do nosso país”. Contudo, enquanto não avançamos para esta reforma, Pedro Alves convidou os deputados a fazerem uma avaliação das assimetrias que hoje vive o nosso país, fruto da ação do atual governo. Para tal, o social-democrata recorreu ao seu distrito, Viseu, para dar nota das dificuldades sentidas no sector da saúde, em especial no Centro Hospitalar Tondela-Viseu, após os cortes do governo. Outro dos exemplos a que o deputado recorreu, foi à requalificação do IP3, “o maior embuste do governo”. Para Pedro Alves “a boa escola de propaganda e encenação de José Sócrates está de volta”, acrescentado o social-democrata que “é inadmissível que o Primeiro-Ministro coloque em consideração a opção entre obras e pessoas. Que fique claro: não aceitamos ser os bodes expiatórios das más opções e decisões do governo. Todos sabemos que havia outras opções, que a esquerda rejeitou por opções ideológicas”. A terminar, o social-democrata questionou como é possível ter-se “o descaramento” de aproveitar o concurso de uma empreitada de recuperação sem se apresentar qualquer calendário com a obra e passar tudo para o final de 2019. “É assim que o governo tem tratado a nossa região e todo o interior”, rematou o deputado.
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