“No final deste debate devemos tirar uma conclusão: o Orçamento do Estado para 2015 concretiza a Mudança, vence o Derrotismo, renova a Esperança. Concretiza a Mudança porque no tempo certo, da forma certa e com o Governo certo, Portugal está livre da Troika, não vive no contexto da ajuda externa e alicerça o seu futuro em reformas estruturais corajosas que oferecem ao país um modelo económico mais competitivo, uma sociedade mais justa e um Estado mais eficiente e menos gastador. Vence o Derrotismo porque vamos atingir em 2015 o défice mais baixo dos últimos 40 anos, vamos manter a tendência de descida da taxa de desemprego e a nossa economia vai crescer. E vai crescer mais do que a média da zona Euro. Renova a Esperança porque não deixa ninguém para trás, porque inicia a recuperação de rendimentos e do poder de compra dos portugueses, porque garante a sustentabilidade do Estado Social. Em suma, uma Esperança que se manifesta em mais oportunidades e em mais justiça social. A Mudança tem sido liderada por esta maioria e por este Governo. Mas a Mudança é, sobretudo, obra dos Portugueses. Obra da resiliência, da responsabilidade e do espírito de sacrifício de milhões de pessoas, do sector público e do sector privado, das famílias e das empresas portuguesas. A Mudança está em curso, a Mudança é imune às tentações dos derrotistas, dos bota-abaixistas e dos cúmplices do passado. A Mudança venceu o período da Troika, cumpriu a palavra do Estado e recuperou a credibilidade de Portugal. Os derrotistas e os cúmplices do passado rasgaram o Memorando, queriam mais tempo e mais dinheiro, recusaram ajudar Portugal”.
Estas foram as palavras iniciais de Luís Montenegro no encerramento do debate do Orçamento do Estado para 2015. De seguida, o Presidente do Grupo Parlamentar do PSD enfatizou que os derrotistas e os cúmplices do passado renegaram os compromissos, saltaram “fora do barco” à primeira dificuldade, e em vez de soluções sonharam sempre com eleições. “Os derrotistas e os cúmplices do passado esconderam, esconderam, esconderam. Mas eles são os pais do défice e os pais da dívida”.
Centrando-se na mudança em vigor, o social-democrata recordou que essa mudança traduz-se a diminuição do desemprego. “Depois de uma década a crescer, depois do agravamento inevitável no início do ajustamento, o desemprego desce há 20 meses consecutivos. A Mudança trouxe o crescimento económico. Depois do período de recessão, vamos para o 2º ano de crescimento e de crescimento acima da média da Zona Euro. Os derrotistas e os cúmplices do passado prognosticaram o aumento do desemprego e a espiral recessiva na Economia. A maioria acertou. A oposição falhou. É caso para dizer: o PS, no Governo ou na oposição, não acerta uma previsão”.
“A Mudança controla a despesa, sustém a dívida não onera as gerações vindouras. A despesa pública primária diminuiu 11,5 mil milhões de euros em 4 anos. A dívida deixou de crescer e está numa trajetória de sustentabilidade. Os encargos com as PPP’s foram reduzidos 33% pela via negocial e ascenderão em 2015 a uma poupança de cerca de 350 milhões de euros. A Mudança desenvolve-se com justiça social. O importante na sensibilidade social não é apregoá-la. É praticá-la”.
No que respeita à atitude do PS, Montenegro afirmou que os socialistas estão perto da esquerda radical. “O PS é hoje a expressão máxima do derrotismo e da cumplicidade com o passado. A liderança mudou mas a política continuou. José Sócrates governou como se não houvesse futuro. António José Seguro fez oposição como se não houvesse passado. António Costa quer comprometer o futuro com as políticas do passado”.
Aos socialistas, o líder da “bancada laranja” alertou para que não menosprezem a sabedoria do nosso povo. “Os portugueses sabem que o PS trouxe a Troika. Os portugueses sabem que o PS ajudou pouco ou nada a que o país se livrasse da ajuda externa. Os portugueses sabem que se Portugal tivesse insistido na receita do passado do PS e de António Costa, não tínhamos terminado o Programa, não tínhamos baixado o défice e a dívida; não tínhamos evitado um 2º resgate; não tínhamos criado condições para atualizar o Salário Mínimo Nacional, para repor rendimento, para controlar a despesa. E os portugueses percebem hoje que o PS não está preparado para Governar. O PS não compreendeu o seu falhanço e não aprendeu a lição do seu passado. Os portugueses não querem, não vão querer, que o seu futuro fique nas mãos dos fanáticos do passado”.
A terminar, Luís Montenegro dirigiu-se às bancadas do Governo e nas bancadas do PSD e do CDS afirmando que “sois vós, somos nós, os agentes da mudança. A nossa responsabilidade histórica não se esgota em 2015. Cumpriremos esta Legislatura. Os portugueses escolheram-nos para isso e é isso que esperam de nós. Mas os portugueses não querem voltar para trás. Querem mais crescimento, querem mais emprego, querem um Estado mais poupado e mais eficiente, querem salvaguardar o Estado Social. Não querem voltar à situação em que estavam há 3 anos atrás. Cabe-nos a nós sermos capazes de os motivar, de os mobilizar para mais 4 anos de mudança, de futuro, de coragem e de progresso. O tempo que abrimos é de esperança. O tempo é de combate democrático e a nossa responsabilidade é não deixar que o país desperdice o enorme esforço que fez. Concentremo-nos no essencial. Esperam-nos novas metas, novos objetivos, mais reformas estruturais. Os portugueses merecem a nossa tenacidade, o nosso esforço, o nosso empenho máximo. Como disse Sá Carneiro: «saber estar e romper a tempo, correr os riscos da adesão e da renúncia, pôr a sinceridade das posições acima dos interesses pessoais, isto é, a política que vale a pena». É para isso que aqui estamos e é para isso que aqui continuaremos. Os portugueses sabem que Portugal está em boas mãos”. |