Luís Menezes desconstruiu a argumentação ideológica que os partidos da esquerda vinham desenvolvendo em torno do processo de privatização dos CTT. No debate da apreciação parlamentar do Decreto-Lei que aprova o processo de privatização dos CTT - Correios de Portugal, S.A., esta quarta-feira, o Vice-Presidente da bancada do PSD afirmou que o que estes partidos têm vindo a dizer é que a privatização dos correios vai pôr em causa o serviço público. Contudo, recorda o social-democrata, “a luz que ilumina esta sala é um serviço público prestado por uma empresa 100% privada, os telefones que usamos estão baseados numa obrigação de serviço público que é gerida e averiguada constantemente por um regulador forte que é a ANACOM”.
Para demonstra a visão da esquerda, Luís Menezes centrou-se na notícia do dia que dava conta da fusão da PT com a OI, e disse que num momento em que todo o mundo as empresas de telecomunicações estão a passar por processos de fusões e aquisições porque a escala é um fator determinante no sucesso dessas empresas, a visão dos partidos da esquerda faz cada vez menos sentido. Além disso, acrescenta, a PT faz uma fusão e fica garantido que os negócios continuam a ser geridos em Portugal, fica a produzir riqueza em Portugal, o know-how da PT pode ser exportado para outras empresas e para outros mercados e os fornecedores da PT têm uma oportunidade de ouro de poder entrar numa empresa que serve um mercado de mais de 180 milhões de consumidores.
A terminar, o Vice da “bancada laranja” enfatizou que “aquilo que preocupa esta bancada é que o serviço postal enquanto serviço público tem de ser garantido de forma escrupulosa e sem haver o mínimo de complacência para quem está a prestar esse serviço. O que nos interessa é que o serviço postal seja garantido. Manutenção do serviço público, regulador forte e uns CTT fortes fonte de maior riqueza para o País, uma nova fonte de financiamento”. |